Op. Free Hostage - 5 de Março

Sky escreveu:

Regras:
-Os terroristas só são eliminados com facada

estou feito... não tenho faca...

há palada não pode ser?

Mas a malta tá toda doente ou os teclados estão todos fanados? AHAHAHAH

Sr. Oficial de Operações... aiiiiiiii esse estudo!

Cruiser leva uma faca (talher) de plástico, tem o mm efeito.

Qd n se tem cão, caça-se com gato

Bjs

Neste caso caça-se com pandas!!

Então como correu??

A Op. Free Hostage foi um jogo que me deu bastante gozo organizar.

Desde ter a ideia, a consolidá-la e pô-la em prática. Organizar todos os pormenores do jogo foi um desafio constante. Durante todo este processo foram surgindo imprevistos que tentei ultrapassar da forma mais adequada, para que no dia do jogo tudo corresse pelo melhor.

O que eu não estava a contar foi com os imprevistos que surgiram durante o jogo

Como em todos os jogos e eventos, há sempre atrasos.

O jogo iria contar com:

OE - 6 elementos
Rebeldes - 6 elementos
Reféns - 4 elementos (1 deles a fazer jogo duplo - jogava pelos rebeldes)

15h30 - Chegada do grupo de OE aerotransportados e 2 reféns. De imediato o material foi descarregado, foi feito o briefing e começaram a montar todo o seu material para poderem entrar em acção.

16h - 16h30 - Chegada dos restantes elementos das OE (faltava 1 elemento e 2 reféns). Foi dado o briefing.

17h - 17h30 - Chegada dos rebeldes. Foi dado o briefing.

19h - Como os outros 2 reféns e o elemento OE estavam atrasados foi dado o briefing aos outros dois reféns.

19h30 - Foi dado início ao jogo sem os 3 elementos que faltavam.


1 - Captura dos reféns, por parte dos rebeldes, bem conseguida.

2- Interrogatório e descoberta do nº de telemóvel para ligar a pedir resgate, bem conseguida. Como rebeldes que eram passaram por cima das regras de interrogatório que foram estabelecidas e optaram por uma estratégia de "peso" para intimidar a refém. (Os 2 rebeldes mais pesados sentaram-se em cima dela).

3 - Negociação da refém pelo dinheiro. Neste preciso momento chegaram os 3 elementos que estavam atrasados. Foi um momento um bocado atrapalhado para mim, porque tinha de estar a coordenar a operação e os 3 elementos.
Como os rebeldes não se estavam a perceber o que se estava a passar e viram um carro com luzes acesas, dirigiram-se ao carro para fazer a troca, em vez do carro se ter dirigido a eles, como estava previsto.
No entanto a negociação foi efectuada. A refém foi posta a salvo e o dinheiro foi entregue.

4 - Enquanto aguardava novo telefonema para a venda/compra das armas, fui ter com os 3 elementos. 1 optou por não participar. Aos outros 2 disse para se equiparem, e entrarem em contacto com Oficial de Operações para entrarem no jogo. Neste momento o elemento que ia fazer de refém foi posto como OE, pois já não fazia sentido ser de outra maneira. A comunicação não foi conseguida por parte dos OE que chegaram atrasados e o VOX ficou ligado. A partir desse momento as comunicações com a equipa foram impossíveis.
Entretanto também já tinha recolhido informações com a refém que foi libertada, a qual me deu indicações das posições dos rebeldes e de que a outra refém estava a fazer jogo duplo e pertencia aos rebeldes. Foi feita a comunicação (antes da situação do VOX), mas apenas os OE aerotransportados receberam a comunicação. Tentei dar a informação aos restantes OE por telemóvel, mas naquela altura do jogo era difícil atenderem o telemóvel.
Foi recebida a informação por parte dos rebeldes para a venda/compra das armas e foi informado os OE aerotransportados para baixarem as caixas das armas.

5 - O carro dirigiu-se à zona de negociações. Foi recebido o dinheiro, foi posto o som do helicóptero a chegar e foi comunicado aos rebeldes que as caixas estavam a ser descarregadas de helicóptero no terraço do edifício. Os rebeldes não estavam à espera daquela situação e começaram a correr para capturarem as caixas.

6 - Recebi a comunicação por parte dos rebeldes de que as caixas não estavam no terraço e seguidamente foi recebida a comunicação por parte dos OE aerotransportados de que os rebeldes chegaram rápido demais ao terraço. Desta forma não poderiam descarregar as caixas para não denunciar posições. Fui rapidamente ao terraço baixar as caixas.

7 - A partir deste momento iniciou a acção do jogo. A comunicação com os restantes elementos não foi conseguida por causa do VOX, o que comprometeu o avanço do grupo OE. Estavam todos à espera que fosse dada ordem para avançar.

8 - Passados poucos minutos 2 elementos OE aparecem mortos, pois a "refém" que fazia jogo duplo os matou. Como não receberam a comunicação continuaram a achar que era refém e foi tratada como tal. A comunicação entre os OE foi impossível. Começaram a morrer e os rebeldes conseguiram chegar com as caixas à sua zona segura.

9 - Jogo terminado.


No final do jogo senti-me MUITO FRUSTRADA! Tanto trabalho para o jogo (parte da acção) ter demorado 30 mns aproximadamente...

Senit-me frustada porque:

- As comunicações (antes do VOX) não chegaram a todos os elementos dos OE. Tem de ser encontrada uma solução (em EQUIPA) para as comunicações.

- e princialmente por ter tido o cuidado de ter colocado um post com todas as indicações para se chegar ao campo (com e sem GPS) e terem chegado 3 elementos 2h30 atrasados e terem comprometido o jogo.
Em vez de 4 reféns passei a ter só 2, sendo que 1 deles era rebelde. Toda a parte do interrogatório teve de ser alterada em cima do joelho e em vez da informação estar dividida por 3 reféns teve de ficar só com 1. Assim foi fácil para os rebeldes sacar as informações.

Em suma... fiquei frustrada, mas não fiquei desmoralizada. É com estas situações que se aprende. Houve alguns pormenores do jogo que eu também podia ter alterado para que não levasse ao fim de jogo prematuro.

Ouvi com atenção todos os reparos que foram feitos para melhorar para uma próxima vez e aceito-os perfeitamente. Foi a 1ª vez a organizar e estava ciente de que poderiam ocorrer erros.

Irei com certeza organizar mais, pois apesar de todos estes precalços, adorei organizar o jogo.

Já tinha referido isto ao 2º comandante, enquanto organizava o jogo e deixo aqui essa referência, para que todos saibam a minha opinião.

Acho que cada elemento da UNIDADE, desde a mais alta patente, à mais baixa, devia, pelo menos uma vez por ano, organizar um jogo. Acho que era uma mais-valia a nível pessoal e para a equipa.

Quero agradecer ao Sky por toda a ajuda que me foi dando ao longo da organização do jogo. Aos restantes elementos quero também agradecer a vossa presença.

Tenho, de facto, pena de que não tenham ido mais elementos da UNIDADE, mas compreendo perfeitamente que airsoft é um hobby e que a família e o trabalho estejam em 1º lugar.

Bjs,

Cat

Alguém conseguiu tirar fotos?

Carissimos/a,

Depois de ter lido o relatório da Cat queria demonstrar o meu profundo respeito e orgulho pelo trabalho desenvolvido pela organizadora. Foi um desafio dificil dado que foi o primeiro treino/jogo organizado por ela, com pormenores espectaculares e de forma autónoma.

Quero também agradecer aos elementos da Unidade que participaram plenamente no evento e deixar o meu reparo aos seguintes pontos já referidos anteriormente e que têm de ser melhorados/modificados:

- O planeamento tem de ser bem feito, não chega uma leitura rápida com erros das regras. Temos de avaliar as condições, as movimentações, comunicações, tudo sempre contando com surpresas do jogo, surpresas do inimigo, planos de contingência, etc. Além disso é preciso estratégia!
- O fardamento existe para alguma coisa, quem não está devidamente fardado não pode ser incluido do nosso lado.
- As horas são para se cumprir pois podem por em causa os horários de todo o jogo considerando que na melhor chegam 2hr30 atrasados e correm o risco de ficar só a ver.
- Por mais que vos seja ensinado cometem regularmente os mesmos erros (ex.: não se preocuparem com a vossa segurança com reféns). Das duas uma ou faremos os próximos 20 treinos sempre sobre os mesmos assuntos ou então assumimos que não vale de facto a pena tentar ensinar quando as pessoas não absorvem o que lhes é ensinado.

Os elementos rebeldes jogaram para ganhar, tudo bem aceito que estiveram bem, nós não fizemos absolutamente nada e isso é que é grave.

Espero que apesar de alguns desmoralizados, encontrem garra para continuar o trabalho de 3 anos de existência da Unidade. Maus momentos todos passamos, o desafio é saber ultrapassá-los e evoluir. Lembrem-se da Alemanha que a seguir à Primeira Guerra Mundial com um país todo destruido levantaram-se e declararam guerra ao mundo inteiro.

Abraços e beijinhos,
Sky

Não levem a mal um post do líder dos rebeldes

A meu ver o vosso mal esteve em confiar demais na tecnologia e esperarem demasiado um determinado comportamento da nossa parte que na realidade não era o comportamento ideal tendo em conta apenas as regras.

Não havia qualquer incentivo material e objectivo em manter reféns ou defender qualquer posição fixa. O vosso objectivo era tomar a casa e salvar os reféns, ora nada nos impedia de matar reféns e desaparecer da casa quanto antes.

Para fechar as saídas da casa teria bastado um bom atirador colocado do lado de fora apoiado no parapeito a bater o correcdor central, tal posição trancaria todas as progressões eficazes deixando apenas a alternativa de se lançar uma cortina de fumo.

A meu ver não asseguraram as linhas de fogo cruzado para assegurar o perímetro, ou seja, numa operação de cerco acabaram por apenas ter sob vigilância menos de 1/6 do perimetro, ora em tais circunstância não se bloqueiam as rotas de evasão.

Uma das coisas que nós (rebeldes) apreendemos foi de que jogámos como em qualquer jogo de mato e os elementos da Unidade jogaram como esparavam jogar num jogo urbano e não perderam o tempo suficiente a interpretar o terreno em concreto.

Não levem a mal as observações, já conheço o Sky há uns anitos e percebo o que pretendem vir a conseguir em termos de Airsoft. Acontece que na maioria dos casos temos de procurar perceber o que o meio nos coloca à frente e não o que esperamos obter. Tecnicamente fizeram muitas coisas correctas mas nos jogos a técnica pode ser ultrapassada muitas vezes pelo desenrolar dos acontecimentos.

Espero sinceramente ver-vos em Évora para que possamos andar calmamente no mato a massacrar-nos à vez e a trocar experiências e interpretações dos cenários, não levem a mal mas só se partilham coisas destas com malta amiga


Em especial segue um grande abraço ao Sky que já anda a deixar saudades!